Unidades hospitalares são ambientes com grande probabilidade de contaminações devido às diversas bactérias presentes nesse ambiente, principalmente nos resíduos deixados depois de cada procedimento.
O Brasil gera cerca de 200 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos por dia e o lixo hospitalar é o tipo mais perigoso desses resíduos. Isso porque o lixo gerado em hospitais, clínicas, ambulatórios, farmácias, entre outros centros de atendimento, são infectantes e químicos.
Por exemplo, substâncias tóxicas e radioativas presentes nos medicamentos podem afetar o solo e a água, trazendo consequências graves ao meio ambiente e as pessoas em volta que vivem e consomem tais elementos.
E também por conta do alto risco de contaminação, tanto para seres humanos quanto para animais e plantas, esse lixo deve ser manuseado com muito cuidado, seguindo procedimentos específicos e legalmente regulamentados. Esses procedimentos são chamados de Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS).
O PGRSS estabelece critérios na separação, no manuseio e no destino final do lixo hospitalar, garantindo que o descarte seja feito de acordo com a classificação dos materiais.
Sim, classificação! A correta separação dos resíduos hospitalares é tão importante que o lixo é dividido em cinco grupos e descartado da forma mais segura dependendo de cada grupo. São eles:
- Grupo A – Potencialmente infectantes (A1,A2,A3,A4,A5)
- Grupo B – Químicos
- Grupo C – Rejeitos radioativos
- Grupo D – Resíduos comuns
- Grupo E – Perfurocortantes
Nós já temos um artigo falando aprofundadamente sobre as características e natureza dos cinco grupos e sua forma de descarte ideal: “Quais são os tipos de resíduos hospitalares e como classificá-los“.
Erros e treinamentos
De acordo com a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, os empregados da limpeza estão em 6.º colocado na classificação das profissões que apresentam maiores riscos à saúde. Isso ocorre por conta da exposição aos produtos que eles utilizam em sua rotina diária e o risco com a falta de segurança com produtos de limpeza.
Isso porque existem algumas medidas que, quando não executadas, podem prejudicar toda a gestão de uma unidade de saúde. Alguns erros comuns e facilmente identificáveis são: negligência das condições de armazenamento de materiais e produtos; uso incorreto do equipamento de esterilização; ausência de limpeza ao final de cada procedimento ou terminal, descartes incorretos, equívocos de fiscalização; entre outros.
Os funcionários que têm contato direto com os resíduos hospitalares, recebem instruções para evitar riscos a própria saúde. Motoristas, por exemplo, precisam realizar o curso de transporte de cargas perigosas nas instituições normatizadas. Os responsáveis pela coleta desses materiais, passam por treinamento no Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho.
Rígido não é mesmo?
Isso porque um simples ato como torcer um pano de chão para secá-lo e continuar a limpeza, deixa o próprio encarregado do serviço exposto a agentes infecciosos. E, mesmo usando luvas, é possível que essa pessoa entre em contato com a água contaminada.
Bom, equipes treinadas no assunto saberiam que nunca se deve limpar um ambiente hospitalar com pano de chão! É mais recomendado o uso de esfregões tipo Mop, reduzindo a possibilidade de contaminação.
Outro exemplo, o uso de seringas, gazes e equipamentos são capazes de disseminar inúmeras enfermidades se não forem descartados ou esterilizados de forma correta.
Erros assim, que poderiam ser facilmente evitados, em hospitais são a 2.ª causa de mortes no Brasil. Pois, é o descuido dos pequenos detalhes que causam as tão temidas infecções hospitalares.
Infecções hospitalares
A infecção hospitalar é uma complicação grave na saúde dos pacientes, de tratamento bastante difícil, causada por bactérias que se desenvolvem dentro do hospital, e que, portanto, são mais resistentes aos tratamentos.
Há uma variedade imensa de doenças e perigos que vão desde vírus e bactérias a produtos químicos que, manipulados de forma incorreta, podem até levar à morte. Algo extremamente simples, como o hábito de lavar as mãos, pode evitar a disseminação de bactérias multirresistentes.
Em casos mais graves, um único caso de higienização mal feita, pode gerar um surto de doenças que se espalha por todo o hospital, sem diferenciação entre profissionais, pacientes ou visitantes.
Aqui estão apenas alguns dos cuidados básicos que a equipe de limpeza deve dominar para, pelo menos tentar, evitar tal cenário:
- Os produtos de limpeza devem variar de acordo com a classificação das áreas: as áreas críticas, semicríticas e não críticas.
- Há um mito ainda existente que ao misturar produtos resulta em uma limpeza mais completa, mas isso não é verdade. Nunca misture produtos! Utilize cada produto de acordo com a sua finalidade e se for misturar, o profissional tem que ser bem-treinado e especialista para não neutralizar o efeito de nenhum dos produtos.
- Utilizar todos os EPIs necessários: luvas, máscaras, óculos, botas e avental; assim como carrinhos, aspiradores, enceradeiras e lavadoras. No recolhimento do lixo hospitalar todo cuidado é pouco.
- Após a limpeza, todo material deve ser lavado com água e detergente neutro, depois ser desinfectado.
- Trocar todos os panos e soluções ao fim de cada ação de limpeza de um mobiliário ou área.
Vale a pena comentar que a infecção hospitalar é a causa de risco de vida para os pacientes, de custos elevados para o hospital, e de demonstrativo de ineficiência dos profissionais e consequentemente do hospital como um todo.
Por que Terceirizar?
Como pode ver, a limpeza hospitalar é uma tarefa árdua e contínua que exige os melhores produtos, equipamentos e treinamento para sua execução. Para garantir que nada seja esquecido e que todas as medidas de limpeza sejam tomadas com a máxima seriedade e profissionalismo, muitas instituições estão se voltando para empresas terceirizadas e especializadas no assunto.
Empresas terceirizadas, normalmente, treinam incansavelmente seus colaboradores, atualizando-os das melhores práticas, produtos e técnicas, além de sempre garantirem a segurança de seus colaboradores providenciando os EPIs adequados, consequentemente protegendo os profissionais do hospital também.
Os serviços terceirizados de limpeza hospitalar também trazem agilidade, já que as equipes estão familiarizadas com as normas e produtos aceitos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e com o Procedimento Operacional Padrão (POP) de cada grupo de resíduos.
Sem falar na economia que traz para o hospital, por conta do número de profissionais disponíveis capacidades, por um menor preço. Optar por deixar a higienização para profissionais capacitados de uma empresa de mercado, é possível diminuir o risco de infecções drasticamente para todos, profissionais, pacientes e visitas. À escolha criteriosa da empresa à se contratar é a parte mais importante do processo. Já falamos aqui algumas dicas de como escolher a empresa certa. Procurar por certificados, como por exemplo o Grupo Morhena tem ISO 9001 em Higienização e Desinfecção Hospitalar, torna mais assertiva à sua escolha.
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