Para o cidadão comum as palavras “lixo” e “resíduos” são sinônimos. Mas não é bem assim e é extremamente importante saber a diferença entre os dois.
Por quê?
Bom, em primeiro lugar se não souber a diferença fica muito difícil fazer a separação e a destinação correta dos produtos. E assim, fazer à sua parte como cidadão que pensa na sustentabilidade do planeta.
Em segundo lugar, se você fazer parte de uma grande instituição pode até estar perdendo dinheiro em não saber a diferença. No mercado, há fornecedores e compradores dos mais diversos tipos de materiais, e aquele produto que você acha que não serve para nada, pode ser muito valioso para outra organização.
Pois bem, agora vamos falar da diferença entre os dois.
Qual a diferença entre Lixo x Resíduos?
Para a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a definição de lixo é dada como “restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis”.
Em outras palavras, lixo é aquele que não tem como ser reaproveitado, seja para reutilização, transformação ou reciclagem.
O Lixo
O lixo é aquilo que devemos evitar ao máximo gerar. É um material perdido, que vão parar, na melhor das hipóteses, nos aterros sanitários. Ou seja, que não são recicláveis. Esses são os grandes causadores dos principais problemas ambientais e socioeconômicos decorrentes de seu manejo inadequado.
Exemplos de lixo são: papel higiênico e guardanapo utilizados, isopor, sacola plásticas, copo descartável, canudo de plástico, embalagens laminadas, latas, aerossóis, escovas de dente, dentre outros. Esses materiais não são recicláveis e, por sua própria função e/ou tipo de material, são difíceis de serem reutilizados.
O Resíduo
Já o resíduo é o completo oposto do lixo. É qualquer sobra de material que possa ser reutilizada, reaproveitada ou reciclada.
Por isso esse material precisa ser separado e descartado corretamente, para que sua destinação permita outros fins. Os aterros sanitários são unicamente para lixos e não resíduos.
Resíduos também podem ser divididos entre: formas sólida (resíduos sólidos), líquida (efluentes) e gasosa (gases e vapores). São inclusive uma fonte de renda para algumas pessoas e empresas.
Alguns exemplos são: garrafas de vidro, garrafas pets, papel, latas de alumínio e vários outros resíduos que descartamos diariamente que poderiam ser reciclados ou reutilizados. Aquele material que consideramos lixo também pode ser considerado um resíduo, desde que não seja misturado de forma inadequada, fazendo com que perca a capacidade de ser reaproveitado.
Tipos de Resíduos
A partir da Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei 12.305/2010, os tipos de resíduo foram agrupados, considerando o local ou atividade em que a geração dos resíduos ocorre.
- Resíduos Sólidos Urbanos: também chamados de lixo urbano, resultam da atividade doméstica e comercial da cidade. Divididos em materiais recicláveis (papel, plástico, vidro, metal, entre outros) e matéria orgânica. A matéria orgânica sendo reciclável a partir da Compostagem.
- Resíduos da Construção Civil: gerados nas construções, reformas, reparos e demolições, bem como na preparação de terrenos para obras.
- Resíduos com Logística Reversa Obrigatória: pilhas e baterias; pneus; lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; produtos eletroeletrônicos e seus componentes; entre outros.
- Resíduos Industriais: gerados nos processos produtivos e instalações industriais. Geralmente, boa parte são resíduos de alta periculosidade.
- Resíduos Sólidos do Transporte Rodoviário e Ferroviário: gerados pelos serviços de transportes, acrescidos de resíduos sépticos que podem conter organismos patogênicos.
- Resíduos de Serviços de Saúde: gerados em qualquer área que cuide da saúde humana ou animal, como: hospitais, clínicas, farmácias, veterinários, entre outros.
- Resíduos Sólidos Agrossilvopastoris (orgânicos e inorgânicos): dejetos da criação de animais; resíduos associados a culturas da agroindústria, bem como da silvicultura; embalagens de agrotóxicos, fertilizantes e insumos.
Como está o panorama de coleta nas empresas?
Como as pessoas e empresas geralmente não sabem separar o que é lixo e o que é resíduo, mais de 80% dos resíduos do Brasil vão parar nos aterros sanitários ao invés de serem reaproveitados ou reciclados adequadamente, o que é um grande desperdício e um ataque ao meio ambiente.
As empresas principalmente produzem muitos resíduos, por conta de sua vasta rede de produção, e não sabem, e acabam se desfazendo deles de forma incorreta.
A melhor solução para o problema é a adoção da Coleta Seletiva, que diferencia os resíduos de acordo com sua constituição ou composição (plástico, vidro, alumínio e papel) e os destina para seu tratamento específico e correto.
Eles sendo:
- Reciclagem – reintrodução dos resíduos no processo de produção e consumo como produtos novos. A coleta de resíduos recicláveis, portanto, agita a economia, reduz os gastos das empresas e dá oportunidade a catadores que fazem coletas pela cidade;
- Compostagem – em que acontece por meio do processo biológico de decomposição da matéria orgânica contida em restos de origem animal ou vegetal; (poderia linkar com o texto sobre compostagem)
- Aterro Sanitário – que é a forma de disposição final de resíduos sólidos no solo, em local devidamente impermeabilizado, mediante confinamento em camadas cobertas com material inerte, segundo normas operacionais específicas, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais;
- Incineração – Esse é o destino lixo que deve ser feita da forma adequada e em local apropriado. A incineração é um processo de grande discussão, já que os líquidos que escorrem da decomposição desse lixo e seus gases podem emanar fumaça perigosa aos seres vivos e meio ambiente.
Outro caminho para a solução de acúmulo de lixo e desperdício de resíduos, seguir o princípio dos 8 R’s.
Neste texto nós elaboramos sobre a diferença crucial entre Lixo e Resíduo. Se gostou desse conteúdo fique a vontade para assinar nossa newsletter e receber notificações sobre mais conteúdos como esse.